Doar

Esse foi o texto que eu doei ano passado para o Blog Colherada Cultural, em apoio a campanha de doação de órgãos.


Se imaginarmos a história de uma vida vivida plenamente, veremos que ela começa, progride e termina com uma doação.
Desde da concepção os pais se doam para os filhos. Somos feitos a partir de um pedaço da mãe e outro do pai. É a doação sempre gerando a vida.
Com o nosso crescimento como seres humanos aprendemos sobre o amor, sobre relacionamentos e amizade. Para tudo isso o ato de doar é fundamental e sem o qual nada faz sentido.
E no final da nossa trajetória, no nosso último capítulo percebemos que ainda podemos contribuir para os capítulos de outras vidas.

Amar é ofertar aquilo que há  de melhor em nós mesmos.

Muitas culturas antigas com um desenvolvimento humano mais avançado que o nosso, tinha um conceito de família mais abrangente. Família não era só genético. A sua família era toda e qualquer pessoa que compartilhava o mundo com você.
Uma família estendida, em que todos se tratavam com afeto e generosidade.

Mas na nossa sociedade moderna onde as famílias estão cada vez menores, às vezes temos dificuldade em cultivar e demonstrar essas qualidades.
É necessário fazer uma opção de ser parte integrante pelo cultivo da vida.
O ato de doar é um dos mais dignos, pois está destituído de egoísmo e de apego. Ainda mais de algo que é tão nosso como o próprio corpo.
O corpo é o nosso maior patrimônio e podemos deixá-lo de herança para a humanidade. Podemos continuar a manter a vida mesmo quando não estivermos mais aqui.

Dentre tantas coisas boas que poderíamos fazer, salvar uma vida está em primeiro lugar.
Poder levar a esperança de continuar vivo a um total desconhecido.
Nada me parece mais distinto e nobre.

*Para se tornar doador, não é  preciso deixar nada por escrito, nenhum documento. Basta avisar a família.

Tati Ribeiro

Um comentário:

Unknown disse...

Olá blogueiro,

O principal passo para se tornar um doador de órgãos é avisar a família sobre a sua vontade de salvar vidas. Não é preciso deixar nada por escrito, porém só eles podem autorizar após a morte. Para saber mais sobre o tema clique aqui:http://bit.ly/cHLx34. Divulgue e conscientize as pessoas.
Para mais informações: fernanda.scavacini@saude.gov.br
Ministério da Saúde

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