Há cerca de 15 dias mudei de São Paulo para a Chapada Diamantina, na Bahia. Essa mudança 180° de vida ocorreu por vários motivos e um deles foi para estar mais ativa na preservação de um dos maiores tesouros do Brasil. A Chapada Diamantina é a maior Chapada do Brasil e é o berço dos principais rios que banham o estado.
Eu, como integrante do Coletivo Mude o Mundo, estou desenvolvendo uma campanha junto aos ativistas locais. Esse projeto visa preservar, educar e tornar público questões importantes sobre essa região do país, mas esse assunto fica para uma outra hora. Primeiro quero contar um pouco sobre o meu novo lar.
Há um tempo algo me dizia internamente a frase: “Menos é mais!”, e analisando todo um estilo de vida numa grande cidade resolvi ver o outro lado. Foi quando conheci um lugar chamado Vale do Capão.
Apesar desse número tão pequeno de moradores, o Capão tem uma vida cultural muito rica. Com muitos festivais de música, shows com artistas circenses, teatro, dança… sem falar dos roteiros de trekking e esportes de aventura. Além disso, o Vale concentra um grande número de pessoas que estão na busca de evoluir como ser humano através do auto conhecimento e com consciência socioambiental. É por essas e outras que o Vale do Capão atrai turistas do mundo todo. E muitos deles, assim como eu, resolvem ficar de vez e ser cidadão da Chapada. Muitas nacionalidades, muitas línguas faladas o todo momento.
Na primeira semana pude conhecer um pouco mais os moradores desse lugar. Fui logo apresentada para a funcionária dos correios, pois aqui as correspondências são entregues pelo nome da pessoa. As casas não tem números, por isso, é importante deixar de ser logo um desconhecido. E rapidamente as pessoas passam a saber quem você é, o mais interessante é que as pessoas têm interesse em te conhecer, te dão boas vindas e te abraçam. Engraçado que nas cidades grandes acontece o oposto, somos muito mais um número que um nome. Somos só mais um na multidão.
Aqui também fervilha de atividades gratuitas, tem curso de palhaço, curso de grafite, dança afro, meditação. E as apresentações culturais são geralmente em lugares públicos com o pagamento de doação voluntária.
Enfim, encontrei aqui o ambiente perfeito que agrega qualidade de vida, senso de comunidade, integração com a natureza, possibilidade de colocar na prática todos os conceitos para a minha evolução pessoal e de fazer ações efetivas em prol do meio ambiente.
O que eu deixo como uma reflexão final é: Você tem se permitido mudar? Ir em busca de um estilo de vida mais coerente com o que você acredita? Você, no seu dia-a-dia, coloca em prática ações e atitudes que considera importante? Gerar ativamente mudanças também nos beneficia como indivíduos, descobrimos fontes mais profundas de empatia, descobrimos que somos mais fortes e corajosos do que imaginávamos.
Começamos mudando a nossa vida, o nosso mundo particular e com isso geramos mudanças ao nosso redor. E a cada passo que damos sentimos uma sensação profunda e duradoura de satisfação. Eu comecei mudando o meu mundo, comece agora a mudar também, por você.
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