Primeira parada - Inhotim



Comecei a minha viagem de fim de ano com o Coletivo Mude o Mundo: Comece por Você!, rumo a Chapada Diamantina/BA. Mas antes resolvemos passar em outros lugares.

Da estrada fomos direto para Inhotim, o maior centro de arte contemporânea a céu aberto do mundo, com diversas galerias de arte no meio de um jardim botânico.


É curioso o tanto de gente que nunca ouviu falar de lá. 
O acervo abriga mais de 500 obras de artistas de renome nacional e internacional tais como Hélio Oiticica (1937-1980), Matthew Barney, Olafur Eliasson, Cildo Meireles, Adriana Varejão, Tunga e Vik Muniz, entre outros.



Desenvolvem pesquisas na área ambiental, ações educativas e um significativo programa de inclusão e cidadania. Contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do município de Brumadinho e de seu entorno. 



Passamos o dia por lá e ficamos encantados com toda a estrutura de Inhotim, é realmente impecável. É o tipo de local que você com certeza sai uma pessoa diferente de quando entrou. 



Essa era a minha segunda vez nesse lugar incrível. É impossível visitar todas as galerias num dia só, fora a parte de botânica para conhecer.  

O espaço é enorme, e a arquitetura e o rico jardim botânico foram planejados para dialogar com os trabalhos de artistas do mundo todo. O projeto paisagístico teve o toque de Roberto Burle Marx e, ao redor de suas trilhas e lagos, encontram-se uma das maiores coleções de palmeiras do mundo (cerca de 1500 espécies) e o maior acervo de aráceas do Hemisfério Sul (mais de 450 espécies), além de espaços que recriam os ambientes da floresta amazônica e da mata atlântica.



O bom é que existe respiro entre uma obra e outra, o que evita o cansaço comum em grandes museus fechados. 

Quando você for visitar, se programe para ficar mais de um dia. 


As minhas obras preferidas foram, não por acaso, as obras sonoras. Os destaques são as 2 instalações de Janet Cardiff e George Bures Miller. 

A primeira fica perto da recepção, na Galeria Praça, fica a Forty part motet: 40 autofalantes reproduzem, cada um, a voz de um integrante do coral da Catedral de Salisbury, cantando uma obra polifônica complexa. Eu sentei num banco bem no centro dos canais de áudio, fechei os olhos e apreciei o todo. 

Outra instalação dos artistas tem um galpão exclusivo. Na obra "O assassinato dos corvos", 98 autofalantes, ao redor dos espectadores, emitem sons de corvos, marchas e canções de ninar intercaladas com a voz de Cardiff, que conta uma espécie de sonho (em inglês, há um folheto com a transcrição e tradução para o português). As imagens se formam na mente de cada um, a sensação é de entrar no sonho de outra pessoa. É uma experiência muito sensorial.


O meu terceiro destaque, não menos importante, é tão falada obra “Sound Pavilion”  de Doug Aitken. Essa obra proporciona ao visitante a experiência de escutar o som do interior da Terra em tempo real. O som é hipnotizante, aproveitei para fazer minha meditação lá dentro.  É quase que instintivo você querer se concentrar naquela vibração, o som da Terra. Meu corpo chegava a tremer. Eu e os meus amigos ficamos um bom tempo lá dentro. Visitantes entravam e saiam e nós continuávamos lá, vivenciando a instalação por completo.
Fica a dica e a viagem continua...





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