Rio Tietê - Lágrimas do Tietê




O que fazer para que o Tietê um dia volte a ser um rio ativo e vivo?  

A ideia do vídeo “Lágrimas do Tietê” foi trazer uma reflexão sobre o que de fato cada um faz para a limpeza do rio.  São diversas ações tanto do indivíduo quanto do governo que poderão reverter esse triste quadro.

São Paulo foi uma cidade que cresceu dando as costas para os rios, os vendo como obstáculos. E assim nós não aprendemos a conviver e a desenvolver uma relação com eles. Vemos quase que diariamente o estado que o Tietê se encontra, um esgoto a céu aberto. Em relação à sujeira, as grandes cidades brasileiras só perdem para a Índia. E parece que não conseguimos ver a possibilidade de uma mudança, só que ela existe.

Diversas metrópoles no mundo conseguiram limpar seus rios e praias com relativamente pouco dinheiro, usando tecnologias simples. É necessário um apoio mútuo de limpeza e não poluição do rio.

O rio Tietê e Pinheiros juntos têm uma extensão de 50 quilômetros dentro de SP que vêm sendo poluídos há mais de100 anos.

Segundo a Sabesp, entre 20% e 30% da poluição do rio vem da chamada “poluição difusa”, que é toda sujeira despejada no rio depois de uma chuva. Isto é, lixo que estão nas ruas, jogados no chão, o papel de bala que é atirado pela janela do carro, a bituca de cigarro que é jogada na calçada, além do lixo que fica acumulado nas margens de córregos e rios e são levados com a enxurrada. Até a poluição do ar entra nesse tipo de poluição.

Diariamente, são lançadas mais 1600 bilhões de litros de esgotos no Tietê. O governo consegue retirar até 100 toneladas por dia. Faça as contas e perceba que sem uma série de iniciativas o saldo negativo não acaba nunca!

Inspirada nos mandamento da campanha Tietê Vivo, bolei algumas dicas do que fazer para ajudar o rio.

- Aprender a desenvolver uma relação com o rios. Muitas cidades no mundo se expandiram em volta dos rios, transformando suas margens em áreas de lazer. Imagine uma cidade como São Paulo transformando as margens do rio Tietê não mais em um conjunto de avenidas e sim em parques, praças, áreas de convivências.. Seria a praia do Paulistano. Apesar de parecer utopia essa ideia é algo totalmente possível, outros rios mais poluídos já foram limpos. Além do que aumentaria a riqueza da cidade com o turismo, a  qualidade de vida dos moradores e recursos naturais

- Assumir o compromisso de monitorar e fiscalizar a execução de obras do poder público na despoluição do rio Tietê; observe as causas da poluição e a atitude das comunidades

- Propor e apoiar novas ideias para a limpeza do rio. É só uma questão de conscientização e ação.  O rio Tâmisa, na Inglaterra, era conhecido como  'Grande Fedor' . Hoje, remadores e velejadores voltaram a usar o Tâmisa, que conta com 121 espécies de peixes. O rio Cheong Gye Cheon, na Coreia  do Sul, é um bom exemplo do que deve ser feito nas metrópoles do país. As águas passaram por um processo de despoluição e parques lineares, totalizando 400 hectares construídos nas margens do rio. Seus pouco mais de cinco quilômetros de extensão passaram a ser freqüentados pela população e viraram uma disputada área de lazer.  O mais impressionante é que essa profunda transformação - para o bem - sofrida pela cidade ocorreu no espaço  de apenas três anos. Em Paris, seus moradores se orgulham  da recuperação do Sena, degradado pela poluição industrial e por esgoto doméstico.  O processo de reversão, iniciado em 1996, incluiu a construção de estações de tratamento de esgoto ao longo do rio, que hoje conta com diversas espécies de peixes e abriga atividades turísticas e de lazer.

- Proibir instalação de empresas nas margens dos rios. Assim evita que essas empresas joguem seus dejetos no rio. O que ocorre mesmo havendo leis que proíbem tais ações. Exigir dos governos estaduais rígido controle do tratamento do que se joga nos rios.

- Comprometa-se a preservar os mananciais;

- Adotar a prática do uso racional da água; tome banhos curtos; opte por varrer a calçada ao invés de lavar. Existem opções criativas e baratas para armazenar as águas da chuva e utilizá-las para esse fim.

- Não jogar o óleo de cozinha na pia O descarte inadequado do óleo contamina o meio ambiente. Apenas um litro de óleo é suficiente para contaminar e poluir milhares de litros de água de nossos rios e reservatórios. Existem alguns ponto de coleta de óleo usado.http://www.oleocoleta.com.br/home.aspx    http://www.ecoleo.org.br/

- Preserve as matas ciliares. No caso do rio Tietê a maior parte dela foi cimentada dentro da cidade de São Paulo. A mata ciliar é essencial para um rio vivo, ela limpa, protege os cursos das águas,  importante no processo de barragem de detritos e para estabilização de barrancos e é importantes vias de trânsito da fauna. A mata ciliar reduz o assoreamento dos rios, deixa a água mais limpa, facilitando a vida aquática O que podemos fazer exigir dos governantes que façam obras de reconstrução da flora ciliar.

- Separe o seu lixo e o descarte adequadamente para que ele não seja levado pelas chuvas para os bueiros e rios.

- Participe de programas de reciclagem, coleta seletiva de lixo e compostagem. Usar o lixo para produzir adubo é um ótimo meio de reduzir o volume de lixo e para evitar descartes incorretos;

-Valorize o trabalho dos coletores de lixo. São eles que recolhem o lixo das cidades até os aterros sanitários. Trata-se de um trabalho difícil, que exige fôlego e força. Valorizar o trabalho dessas pessoas é incentivá-los para a limpeza da cidade, fato que pode evitar enchentes no futuro

-Busque pesquisar as empresas que você consome produtos, dê prioridade para as empresas que respeitem o meio ambiente; que não poluíam o rios nem o ar. Cobre uma postura digna . 

- Utilize produtos bio degradáveis. Já existem algumas boas opções pelos mercados. Você pode também buscar alternativas naturais para limpeza como o sabão de coco, vinagre, álcool...

- Comprometa-se a difundir esta causa a todos os amigos, colegas, nas minhas redes sociais.

-Incorpore as dicas na sua vida. Por mais que possa parecer pequena, as iniciativas feita por cada um, irá contribuir para mudar e, talvez mais importante, servir de exemplo para que isso seja compartilhado.

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